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ficaasaber

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Biblioteca...

Seg | 22.10.12

Opinião Sobre "Rosa Selvagem" de Patrícia Cabot

Titinha

 

 

 Sinopse:

 

 Como nunca houvera uma mulher que não conseguisse encantar, Edward tinha a certeza de que iria conquistá-la. Mas Pegeen MacDougal não era nem velha, nem criança - era muita mulher, com uma língua aguçada, uns olhos verdes de levar ao inferno e uma sensualidade que o deixava doente. Infelizmente, ela desprezava-o, assim como à ostentação da sua classe social e à falta de consideração que mostravam pelos menos afortunados. Mas, pelo bem do seu sobrinho Jeremy, Pegeen concordou que ambos se mudariam para a propriedade de Edward. O risco tornou-se rapidamente aparente. Pois ela sabia que podia resistir ao dinheiro de Edward, ao seu poder, à sua posição... a todo o seu mundo. No entanto, era o seu beijo que prometia ser a sua destruição.

 

 Opinião:

 

Começo por relembrar que como já referi anteriormente, não sou adepta de livro de época mas depois de pensar muito, comprei "Rosa Selvagem". Acreditem mesmo que o comprei, não estou a brincar, e passo a explicar por quê.

Primeiro a sinopse agradou-me, pareceu-me que era uma história leve, daquelas que gosto de ler entre livros mais "pesados", para descontrair. Segundo, certo dia na Fnac abri e li umas quantas linhas e devo dizer que gostei bastante de irreverência da protagonista, o que não acontecia naquele tempo e o que li, ela falava de politica e por último, gostei da critica feita pela Mafalda Férias no seu "Ponto M"... E comprei.

Não me arrependo. A história não é novidade, um amor entre duas pessoas que não queriam amar e principalmente não sabiam amar.

 

A História...

Pegeen, é uma jovem de 20 anos que não leva desaforos para casa, é o que se diz "uma mulher muito à frente no seu tempo", tem consciência do papel da mulher na sua sociedade, mulher de grande inteligência e cultura.

Edward, homem boémio, que vive para não fazer nada, que se choca com algumas ideias de Pegeen mas não é machista para a altura. No fundo tem um grande coração.

As personagens foram muito bem construídas pela autora, foi as suas caracteristicas e personalidades que me prenderam do início ao fim do livro, e que me fizeram ficar acordada até às 3:30 da manhã, não que não soubesse o desfecho do livro, não que esperasse algo de novo na história mas simplesmente para ver se haveria mais picardias entre eles, se mais uma vez a mulher de 20 anos colocaria o homem de 30 no lugar, se mais uma vez ela conseguiria fugir das investida desse mesmo homem, e nem mesmo o afastamento que aconteceu quase no fim, me fez fechar o livro e aguardar para ler no dia seguinte. Não incomodou, porque este enquadrava-se no perfil das personagens, no de uma mulher que não acreditava na instituição casamento, ou melhor, só acredita com amor e num homem que não sabia como dizer que amava.

 

A escrita...

Prende-nos, é fluida, com um excelente sentido de humor, chegando algumas vezes a ser um pouco sarcástica. Quando da-mos por nós, estamos a acabar uma página e passamos rapidamente para a seguinte.

 

Conclusão, não há inovação na história mas admito que me aconteceu algo que não acontecia há muito tempo... Ler um livro em menos de 24h, algum mérito tem a autora, agravado de ser de época algo que não é "a minha praia".

Se a editora publicar o segundo volume, já que é uma série, terá aqui uma fiel seguidora...

É verdade, para quem não sabe, esta autora é a mesmo que escreveu "O Diário de Uma Princesa" que passou para o cinema, porém esta série é "assinada" por outro nome da escritora.

Ter | 09.10.12

Opinião Sobre "A Conquistadora" de Teresa Medeiros

Titinha

 

 Sinopse:


 Ele é Conn, das Cem Batalhas, o rei guerreiro que forjou uma nação numa terra de clãs isolados. Na qualidade de rei supremo da Irlanda, dirige o lendário Fianna, o seu grupo de guerreiros de elite. Mas o misterioso assassínio de vários dos melhores homens de Conn ameaça o trono. Conn parte sozinho em busca de um inimigo aparentemente invencível, sem saber que vai ter de enfrentar uma mulher de olhos verde-esmeralda e cabelos cor de labaredas…

 Empunhando uma espada chamada Vingança, Gelina Ó Monaghan jura derrotar o homem que considera o responsável pela ruína da sua família. Nunca imaginou que ele pudesse vencê-la em combate… e ao mesmo tempo conquistar o seu coração. A sua paixão proibida transforma-se numa guerra travada com espadas e beijos, promessas e traições - e a rendição será apenas um início…

 

 Opinião:

 

 Contem Spoiler's

  

Começo por informar que não sou uma adepta de livro de época/históricos ou como muito "carinhosamente" lhes chamo "de quando os animais falavam", por esse motivo é complicado compra-los e quando os compro é depois de pensar muito. Porém não foi isso que aconteceu neste livro, quero desde já agradecer a minha benfeitora, pelo empréstimo do livro. Obrigada...

 

Agora o livro.

Por onde começar, é um livro de época, passado na era dos Reis, guerreiros e das suas lendas, onde uma mulher não pegava numa espada, montava a cavalo de saias e servia simplesmente para companheira, amante, dona de casa, mãe e aquelas que tinham profissão eram nas áreas acima referidas, em que concordavam com tudo o que o homem ou marido dizia e com as suas vontades, quer dizer, nem todas concordavam. E é depois desta meu pequeno parágrafo que começo a compreender o por quê de não gostar deste tipo de livros, mexe com a minha maneira de ser.

 

A história.

É a história de um amor que nasceu já conturbado, onde o primeiro acto do Conn é reprimir o que sente por uma jovem que na altura tem somente 16 anos, sendo ele já homem feito, acolhe-a como se de um pai se tratasse mas na realidade não tem sentimentos de pai pela jovem que acolheu.

Gelina, uma jovem que em criança vê o acontecimento que a vai marcar para sempre, a molda como mulher e a faz odiar o rei Conn, isto até o conhecer numa situação especifica e ser acolhida por ele, com o convívio haverá uma alteração dos seus sentimentos, bem haverá períodos na história que ela tenta odiá-lo mas no fim sempre o protege nos momentos complicados.

 

É aqui que entra o meu conflito com o Conn, isto porque deste pouco menos de metade do livro comecei a questionar se ele merecia este amor e esta mulher, se realmente o que ele sentia era amor ou posse, uma posse doentia. Principalmente porque ela lhe fazia frente, é e era rebelde. Gelina pode ter cometido erros, pode ter assassinado juntamente com o irmão, homens que eram amigos e conhecidos de Conn mas nunca o traiu, nunca fez nada para que ele fosse morto pelo inimigo a que ela pedira "abrigo".

Porém no meio do dito amor, Conn humilhou, magoou, duvidou e até violou. Podem dizer "ah i tal" ele pensava que tinha sido traído, que ela o queria morto, que ela o odiava mas isso é motivo para fazer o que fez? Para mim não, ah... Eram outros tempos, dizem vocês, é certo mas nem isso dá direito de o fazer, quem ama não chega a este ponto.

Mas o que me deixou com aquela expressão de "não acredito que depois de tudo ele acredita que foi ela?", foi quando ele a acusou de ter morto o Nimbus. Como é que o Conn desconfiou que a mulher com que ia casar, podia matar o "homenzinho" que sempre foi “seu companheiro”, seu confidente? E só quando um dos seus homens, ouviu da boca do irmão da Gelina que ela nada tinha haver com a sua morte é que acreditou. É certo que se lembrou das últimas palavras do Nimbus, mas se não fosse o Sean, será que Conn acreditaria nela e ia atrás do meu amor?

Por esse motivo digo, ele não mereceu o seu amor, não mereceu o perdão tão repentino, não mereceu o acto que ela fez ao mandar-lhe a sua espada, para que ele se defendesse do irmão.

Tive pena que o livro acaba sem me demonstrar que ele era merecedor de uma mulher como ela, porém nem sempre os livros nos respondem ao que queremos.

 

Em conclusão, gostei do livro, gostei da escrita e das personagens mas continuo a “embirrar” com livros do tempo em que os animais falavam.